ERA UMA VEZ NA AMÉRICA LATINA #18
As Viajantes: um curta brasileiro de ficção científica /O paraguaio Eami em cartaz no IMS/ Festival Curta Kinoforum exibe filmes Yanomami e curta colombiano premiado/ Lucrecia Martel na MUBI
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É noite de sexta-feira. Majeca (Majeca Angelucci) está no apartamento da amiga Gilda (Gilda Nomacce) tomando vinho e colocando a conversa em dia. Elas são atrizes, trabalham juntas. Mas Gilda parece distante, incomodada. Ela prefere que a amiga desista de chamar um carro para ir embora e passe a noite lhe fazendo companhia. Alguns cachorros latem do lado de fora do prédio. A angústia de Gilda vai aumentando. Ela tem um segredo um tanto insólito para contar a Majeca.
Em As Viajantes, curta-metragem escrito e dirigido por Davi Mello, a ação acontece toda dentro do apartamento da protagonista Gilda, ao longo de intensos dez minutos. O tempo e o espaço podem parecer limitados, mas talvez sejam essas limitações justamente o segredo da excepcionalidade do filme.
Misturando ficção científica e suspense, Mello trabalha uma atmosfera envolvente de inquietação. A história se revela em etapas, numa crescente de interrogações e medos causados por algum tipo de falha no espaço-tempo que transforma o pequeno apartamento de Gilda num labirinto cheio de armadilhas.
Nada é explicado, porém. Nada de causas, razões ou consequências. A curiosidade ansiosa é o que dá o tom da experiência. Gilda pode estar vivendo uma crise de identidade ou presenciando algum fenômeno extraordinário. Universos paralelos? Viagens no tempo? Não importa, ela não parece estar em busca de soluções. O que importa é a forma como Gilda se relaciona com o tal segredo e a forma como Majeca o recebe.
Através das interpretações de Nomacce e Angelucci, da captação dos sons, de artifícios visuais simples e objetivos e um roteiro pra lá de engenhoso, As Viajantes nos transporta para dentro daquele apartamento. Como a protagonista, não sabemos de nada e talvez não tenhamos como descobrir nada, mas ainda assim precisamos lidar com as sensações causadas pela constante da iminência.
Quando os dez minutos acabam, depois de um espetáculo de instigação, o espaço e o tempo se tornam questões também entre o espectador e o filme. Gostaríamos de ter visto mais do que acontecia no apartamento? Gostaríamos de ter tido mais tempo para observar aquelas movimentações? Uma excelente obra nacional de ficção científica.
As Viajantes está disponível gratuitamente no Itaú Cultural Play, como parte da programação do Festival Curta Kinoforum
NOS CINEMAS
Eami
Em cartaz no Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo, Eami, da diretora paraguaia Paz Encina (Hamaca Paraguaya, 2006), é ambientado no Chaco paraguaio, uma das regiões com maior índice de desmatamento do planeta, e trata da destruição provocada nos modos de vida das comunidades indígenas locais pela expansão da fronteira agrícola e pecuária.
Misturando fábula e etnografia, o filme conta a história de Eami (Anel e Guesa Picanerai), uma garotinha do povo indígena ayoreo-totobiegosode que vagueia pela floresta em busca do que sobrou do mundo que conhecia depois de ver sua aldeia ser destruída e sua comunidade desintegrada.
Acompanhada por seus amigos animais e escutando a voz de seus avós, a personagem condensa mitos da cultura ayoreo-totobiegosode e carrega consigo memórias do passado, do presente e do futuro.
Em Eami, Paz Encina trabalhou com Jordana Berg, editora dos filmes de Eduardo Coutinho.
Confira as datas e horários de exibição aqui.
Retratos Fantasmas
Quatro anos depois de provocar catarses coletivas nos cinemas com Bacurau, Kleber Mendonça Filho lança o documentário Retratos Fantasmas. Fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem, o filme traz o centro da cidade do Recife como personagem principal, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século XX.
Retratos Fantasmas teve seu lançamento mundial no Festival de Cannes e fez sua estreia nacional em Gramado.
PARA ASSISTIR EM CASA
NETFLIX
La Gran Seducción
En La Gran Seducción, Yalitza Aparicio, protagonista de Roma, de Alfonso Cuarón, volta a estrelar um filme original Netflix. Desta vez, trata-se de um remake mexicano do canadense La Grande Séduction (2003).
Nele, a pequena comunidade pesqueira de Santa María del Mar sofre pela falta de trabalho (a industrialização acabou com as atividades econômicas da região) e por isso está prestes a desaparecer. Existe a possibilidade de que uma fábrica de processamento de peixes se instale no povoado e ajude na recuperação da economia local, mas para isso é necessário que haja um médico residindo ali.
Determinado a agarrar a oportunidade de evitar que sua comunidade se desfaça, Germán (Memo Villegas) reúne os habitantes da ilha e dá início a uma grande farsa para convencer um médico da cidade a viver e permanecer no povoado.
Disponível a partir de 30 de agosto.
PABLO TRAPERO
Quatro filmes do diretor argentino Pablo Trapero acabaram de entrar no catálogo da Netflix: Mundo Grua (1999), primeiro longa de Trapero, onde ele aborda o mundo do trabalho a partir de um protagonista que está sempre tentando driblar o fantasma do desemprego; Leonera (2008), drama que conta com a participação de Rodrigo Santoro e acompanha Julia (Martina Gusmán), uma mulher grávida que vai presa por supostamente ter matado o namorado e acaba tendo que criar a criança na prisão; Abutre (2010) e Elefante Branco (2012), ambos protagonizados por Ricardo Darín.
PRIME VIDEO
Cangaço Novo
Filmada no interior do Nordeste, com atores da região em papéis de destaque, a série original Prime Vídeo Cangaço Novo teve sua première mundial em sessão especial na 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, quatro dias antes de ficar disponível no streaming - essa é a primeira vez que o tradicional Festival de Gramado exibe uma série.
De acordo com a sinopse, Cangaço Novo é uma produção de ação que conta a história de Ubaldo (Allan Souza Lima), um infeliz bancário da zona urbana de São Paulo sem nenhuma lembrança de sua infância. Um dia, ele descobre que tem uma herança e duas irmãs no sertão cearense: Dilvânia (Thainá Duarte), líder de um grupo que adora seu famoso pai falecido, e Dinorah (Alice Carvalho), única mulher em uma gangue de ladrões de banco.
Quando chega à fictícia cidade de Cratará em busca de suas raízes, Ubaldo passa a ser cultuado por sua forte semelhança com o pai e é chamado a cumprir seu destino como o novo mítico cangaceiro e líder supremo da gangue. A partir daí, ele terá que enfrentar bandidos, assassinos e até policiais corruptos, tentando desesperadamente manter seus valores morais sob controle.
Direção de Aly Muritiba e Fábio Mendonça, criação de Eduardo Melo e Mari Bardan e produção da O2 Filmes.
MUBI
A Casa Lobo
Dirigido por Cristóbal León e Joaquín Cociña, esse longa chileno de horror e fantasia em stop-motion conta a história de María, uma jovem que se esconde numa casa no sul do Chile depois de escapar de uma colônia alemã.
A animação é inspirada no caso de Colônia Dignidade, a seita nazista que se estabeleceu no Chile e colaborou com a ditadura de Augusto Pinochet (vale assistir à serie documental Colônia Dignidade: Uma Seita Nazista no Chile, da Netflix).
Outro filme dos diretores, o curta-metragem Los Huesos, uma animação de horror sobre o acerto de contas do Chile com seu passado, também está disponível na MUBI.
Tenho Sonhos Elétricos
Eva (Daniela Marín Navarro) é uma garota de 16 anos de temperamento forte, que vive com sua mãe controladora, sua irmã mais nova e seu gato. Desde o divórcio, a mãe quer vender a casa e se livrar do gato. E Eva quer fugir da mãe indo morar com o pai, que parece estar vivendo uma segunda adolescência.
Primeiro longa da costarriquenha Valentina Maurel, Tenho Sonhos Elétricos foi vencedor dos prêmios de Melhor Direção, Melhor Atriz, para Daniela Marín Navarro, e Melhor Ator, para Reinaldo Amien Gutiérrez, no Festival de Locarno 2022.
O Pântano (2001) e A Menina Santa (2004) - Lucrecia Martel
Os dois primeiros longas de Lucrecia Martel, grande nome do cinema argentino, chegam ao catálogo da MUBI nos dias 27 e 28 de agosto. Em O Pântano, eleito como melhor filme argentino de todos os tempos, a diretora traça um retrato da decadência da classe média argentina a partir de uma família que decide se reunir e passar as férias de verão todos juntos numa mesma casa em Salta, noroeste montanhoso do país.
Já A Menina Santa é protagonizado por Amália (Maria Alche), uma garota de 16 anos extremamente religiosa que descobre sua grande vocação: salvar os homens do pecado.
Los Sonámbulos e Las Siamesas - Paula Hernández
Dois filmes de outra diretora argentina, Paula Hernández, chegaram recentemente ao catálogo da MUBI.
Los Sonámbulos tem como tema central uma relação entre mãe e filha durante as férias de verão. Convivendo com a família toda reunida na casa da avó para as festas de fim de ano, a protagonista (Érica Rivas, de “Relatos Selvagens”) se divide entre a performance da boa nora, uma crise matrimonial e a preocupação com a filha adolescente sonâmbula. O filme representou a Argentina na disputa por uma indicação ao Oscar 2021 de melhor filme estrangeiro.
E Las Siamesas trata da relação de simbiose vivida por Clota (Rita Cortese) e Stella (Valeria Lois), uma mãe e uma filha. Elas moram sozinhas em uma antiga casa da família, confinadas a uma rotina particular. Um dia, Stella recebe a notícia de que seu pai morreu e lhe deixou dois pequenos apartamentos localizados em uma cidade litorânea. Ela então decide se mudar, agarrando-se à oportunidade de finalmente estabelecer uma vida independente da mãe. Clota, por outro lado, fica preocupada com a separação.
O Espelho da Bruxa
Dirigido por Chano Urueta e lançado em 1962, O Espelho da Bruxa é considerado um dos filmes da época de ouro do cinema mexicano de terror. Nele, a bruxa Sara (Isabela Corona) descobre num espelho enfeitiçado o que o futuro tem reservado para a jovem Elena (Dina de Marco), sua protegida. O espelho revela que a jovem será assassinada pelo marido, o cirurgião Eduardo (Armando Calvo), que pretende se casar com outra mulher. Quando o crime de fato acontece, Sara decide vingar a morte de Elena.
NOTÍCIAS
CURTA KINOFORUM
Acontece de 24 de agosto a 3 de setembro a 34ª edição do Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo. São mais de 200 curtas-metragens selecionados, todos exibidos gratuitamente. Alguns títulos também estarão disponíveis online para todo o Brasil nas plataformas Porta Curtas, Spcine Play, Sesc Digital e Itaú Cultural Play.
Entre os destaques nacionais da programação está "Mãri Hi - A Árvore do Sonho", curta dirigido pelo cineasta Yanomami Morzaniel Ɨramari que traz como protagonista o grande líder e xamã Davi Kopenawa Yanomami.
Além de ter sido ganhador na categoria Melhor Documentário de Curta-Metragem Nacional no Festival É Tudo Verdade de 2023, e por isso estar qualificado para concorrer ao Oscar na categoria de Melhor Documentário em Curta-Metragem, "Mãri Hi - A Árvore do Sonho" será exibido na 80ª edição do Festival de Veneza.
“Nós, Yanomami, somos habitantes da floresta Amazônica. No Brasil, somos quase 30 mil pessoas. A terra-floresta é nossa mãe e cuida do povo Yanomami. Desejamos viver em paz, com alegria e fazendo nossas festas. Os napë pë (brancos, inimigos) gostam de destruir a floresta e pegar as riquezas da terra. Hoje o garimpo ilegal invadiu nosso território, estamos tristes por perder tantos parentes e ver nossas crianças morrendo por doenças. Nosso rio está sujo de lama e mercúrio, mas nosso território é forte por dentro. Com a árvore do sonho, nós sonhamos longe e os xamãs sonham ainda mais longe, conhecem o canto e a dança dos espíritos, o sonho do rio, o sonho do mundo”, comenta Morzaniel Ɨramari.
O Festival de Veneza reservou o dia 4 de setembro para o evento “Eyes of the Forest”, Olhos da Floresta, que exibirá três curtas-metragens Yanomami na Sala Laguna. Será um dia dedicado ao primeiro cineasta Yanomami Morzaniel Ɨramari e ao Cinema Indígena Yanomami no Brasil.
Os outros dois curtas Yanomami a serem exibidos em Veneza são "Thuë Pihi Kuuwi - Uma Mulher Pensando" e "Yuri U Xëatima Thë - A Pesca com Timbó", ambos de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino e ambos presentes na programação do Curta Kinoforum. Eles são os primeiros filmes dos cineastas e estão entre os primeiros filmes dirigidos por mulheres Yanomami que farão sua estreia em um festival de cinema internacional.
“Mãri Hi - A Árvore do Sonho”, "Thuë Pihi Kuuwi - Uma Mulher Pensando" e "Yuri U Xëatima Thë - A Pesca com Timbó" integram ainda a programação online do Curta Kinoforum, e por isso estão disponíveis gratuitamente no Itaú Cultural Play.
Outro curta indígena disponível online é “Território Pequi”, de Takumã Kuikuro, do Parque Nacional do Xingu em Mato Grosso, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 na categoria melhor documentário em curta-metragem.
Também fazem parte da programação do Curta Kinoforum obras de cineastas brasileiros consagrados, como "O Nosso Pai", dirigido por Anna Muylaert (“Que Horas Ela Volta?”) e protagonizado por Grace Passô; "O Condutor da Cabine", de Cristiano Burlan (“A Mãe”); "Quinze Quase Dezesseis", de Thais Fujinaga (“A Felicidade das Coisas”); e "Cama Vazia", de Jean-Claude Bernardet e Fábio Rogério.
Já na mostra latino-americana, destaque para “La Perra”, de Carla Melo Gampert, curta em animação que competiu pelo Palma de Ouro dos curtas em Cannes 2023 e tornou Gampert a primeira mulher colombiana a fazer parte da competição oficial do evento.
Confira a programação completa do Festival Curta Kinoforum 2023 no site oficial do evento
JUAN PABLO VILLALOBOS NA NETFLIX
Dirigida pelo mexicano Manolo Caro (La Casa de las Flores) e roteirizada pelo argentino vencedor do Oscar Nicolás Giacobone (Birdman), Fiesta en la Madriguera, adaptação cinematográfica do livro de estreia (Festa no Covil, no Brasil) do mexicano Juan Pablo Villalobos, será lançado em 2024 na Netflix.
Na história, a vida cotidiana de um poderoso chefe do narcotráfico é narrada pelo olhar de seu filho, um menino que vive trancado num palácio e que ama chapéus, dicionários, samurais, guilhotinas e franceses. Seu mais recente desejo é ter um novo animal em seu zoológico privado: o exótico e quase extinto hipopótamo anão da Libéria. Seu pai, Yolcaut, apesar de ausente, está disposto a cumprir todos os seus caprichos.
Já “No Voy a Pedirle a Nadie Que Me Crea”, outra adaptação da obra de Villalobos, será dirigida por Fernando Frías de la Parra (Ya No Estoy Aquí) e deve estrear ainda este ano na plataforma de streaming.
Na trama, Juan Pablo pretende viajar com sua namorada Valentina para fazer um doutorado de literatura em Barcelona. Antes de viajar, porém, ele se vê envolvido com uma rede criminosa que o inspira a escrever a novela que sempre quis, enquanto sua vida toma rumos cada vez mais absurdos e sinistros. Darío Yazbek, Natalia Solián, Alexis Ayala e Anna Castillo estão no elenco.
FILME BRASILEIRO GANHA PRÊMIO DE RESTAURO NO FESTIVAL DE LOCARNO
O filme “Mulher de Verdade” (1954), de Alberto Cavalcanti, foi o vencedor do 1º Concurso de Restauração Heritage Online (Heritage Online Restoration Contest), na 76ª edição do Festival Internacional de Cinema de Locarno. A candidatura foi enviada pela Cinemateca Brasileira, com o apoio da produtora Cinematográfica Maristela.
A comédia de Alberto Cavalcanti foi lançada em 1954, com Inesita Barroso, Colé Santana e Adoniran Barbosa no elenco. Em 1955, Inesita chegou a ser laureada pelos prêmios Saci e Governador do Estado por sua atuação no longa-metragem.
Com a premiação, o longa passará por um processo de restauração pela empresa Cinegrell, com sedes em Zurique (Suíça) e Berlim (Alemanha). O filme restaurado também ganhará uma estreia na mostra Histoire(s) du Cinéma: Heritage Online, na edição do Festival de Locarno de 2024.
“É uma escolha incrivelmente acertada e um apoio muito necessário ao trabalho da Cinemateca Brasileira. Especialmente agora, quando eles estão saindo de uma era sombria”, reforçou Markus Duffner, diretor do Locarno Pro, sobre a decisão do júri.
GRAMADO
A edição 2023 do Festival de Cinema de Gramado recebeu seu primeiro filme do Tocantins. Dirigido por Eva Pereira, a única mulher na competição entre longas-metragens, O Barulho da Noite tem como um de seus temas principais o abuso sexual infantil.
Também da região Norte vieram o curta rondoniense Ela Mora Logo Ali, vencedor das categorias de Melhor Roteiro para Fabiano Barros e Rafael Rogante, Melhor Atriz para Agrael de Jesus e Melhor Filme pelo Júri Popular; e o curta roraimense Mãri-Hi – A Árvore do Sonho, do diretor Yanomami Morzaniel Iramari, que ganhou melhor Direção de Fotografia e o Prêmio Especial do Júri.
O grande vencedor da 51ª edição de Gramado foi a cinebiografia Mussum: O Filmis, de Silvio Guindane, com seis prêmios. Entre eles: Melhor Filme, Melhor Ator para Aílton Graça e Melhor Filme pelo Júri Popular. Já o drama Tia Virgínia, protagonizado por Vera Holtz, conquistou cinco prêmios, incluindo Melhor Atriz. Destacou-se ainda o cearense Mais Pesado é o Céu, que levou o prêmio de Melhor Direção para Petrus Cariry, além de Montagem, Fotografia e Prêmio Especial do Júri.
As atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia receberiam juntas o Troféu Oscarito, como reconhecimento por suas trajetórias no cinema brasileiro. Léa Garcia infelizmente faleceu no dia da homenagem, vítima de um infarto aos 90 anos. Seu filho, Marcelo Garcia, recebeu a honraria em seu lugar.
Abaixo você pode assistir ao curta-metragem O Dia de Jerusa, dirigido por Viviane Ferreira e protagonizado por Léa Garcia. Uma pequena joia de sensibilidade em forma de filme. Um grande título do cinema negro brasileiro.
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