ERA UMA VEZ NA AMÉRICA LATINA #17
Medusa e Raquel 1:1: o cinema brasileiro de gênero explora os efeitos do neopentecostalismo na vida de jovens mulheres / Terror corporal mexicano Huesera no Prime Video / Pedro Páramo na Netflix
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Lançados mais ou menos na mesma época nos cinemas, Medusa, longa-metragem dirigido e roteirizado por Anita Rocha da Silveira (mesma diretora de “Mate-me por favor", 2011), e Raquel 1:1, de Mariana Bastos, chamaram atenção pela proximidade de suas temáticas e formas: ambos são filmes de gênero que transitam entre o suspense e o terror para tratar dos efeitos do neopentecostalismo na vida de jovens mulheres.
O primeiro, uma espécie de terror distópico com toques de musical e estética neon, tem como protagonista Mari (Mari Oliveira), jovem religiosa que se organiza com suas amigas "Preciosas do Altar” para, à noite e mascaradas, caçar e punir mulheres que se desviaram do caminho correto, o caminho de Deus.
Diretamente influenciado pelo mito da Medusa, a sacerdotisa que enfureceu a deusa virgem Atena ao ceder às investidas de Poseidon e terminou transformada por ela numa criatura tão horrível que petrificava quem a olhasse, o filme adentra o universo desse grupo de jovens mulheres que vigiam e punem. São jovens pertencentes a um mundo onde manter as aparências de mulher exemplar (bela, recatada e do lar) é uma exigência tão grande que as leva a reprimir e punir não apenas seus próprios corpos e comportamentos, mas os corpos e comportamentos de todas as mulheres à sua volta.
Já em Raquel 1:1, um suspense com doses de fantasia religiosa, a personagem-título é uma jovem que perdeu a mãe num caso de feminicídio e, por isso, volta a morar com o pai numa pequena cidade do interior. Sua adaptação ao novo ambiente a princípio parece promissora, já que ela rapidamente consegue se enturmar com um grupo de jovens garotas que frequentam o culto evangélico local. Tudo muda, porém, quando Raquel passa a ser apontada como pecadora maléfica por criar sua própria narrativa bíblica, questionando a misoginia de interpretações e textos bíblicos.
Há muitas coisas em comum nas duas obras. Para começar, são filmes feitos e protagonizados por mulheres. Dois filmes de gênero que elaboram as nuances autoritárias do enraizamento do radicalismo religioso neopentecostal na individualidade e no cotidiano de cada garota.
As duas protagonistas também experienciam jornadas parecidas. Raquel e Mari são jovens que adotam a religião como modo de vida, como refúgio e maneira de pertencer. Mas esse pertencimento impõe regras um tanto cruéis, especialmente para as mulheres, esses tais seres perversos que muito facilmente, se não sob controle, tornam-se monstruosos. É para não ser apontada como monstro, por exemplo, que Mari prefere atuar como agente de violência no controle de outras mulheres.
A certa altura, contudo, a tomada de consciência de ambas sobre a hierarquia a que estão submetidas e sobre o alto preço que pagam por viverem num entorno radicalizado pela religião acaba despertando estados febris e gritos há muito acumulados na garganta.
Destaque para o trabalho das atrizes Mari Oliveira e Valentina Herszage, que impressionam ao transmitir as mudanças internas e externas sofridas por suas personagens no decorrer das tramas. De início, elas são plácidas, serenas, resignadas. Denotam a aparente virtude cristã na forma de falar, se vestir, maquiar, se comportar… Tudo isso até o momento em que viver de aparências deixa de fazer sentido e o pertencer ganha novas dimensões.
Medusa e Raquel 1:1 estão disponíveis para aluguel e compra nas plataformas digitais.
NOS CINEMAS
Máquina do Desejo
Máquina do Desejo narra a história do Teatro Oficina, retratando a trajetória de José Celso Martinez Corrêa (Zé Celso), que revolucionou a linguagem teatral no Brasil e juntamente com seu grupo de atores, construiu uma forma de resistência política durante tempos conservadores e de ataques à expressões culturais.
Os diretores, Joaquim Castro e Lucas Weglinski, transformaram ao longo de sete anos um acervo de mais de seis décadas de registros, entre filmagens de cineastas e videomakers, arquivos de cinematecas, TV's nacionais e internacionais, além de muitas gravações feitas pelo próprio Teatro Oficina, resultando no maior registro histórico de uma das mais longevas companhias de teatro em atividade do Brasil.
PARA ASSISTIR EM CASA
STAR+
Deciembre 2001
Baseada no livro "El Palacio y la Calle", de Miguel Bonasso, o drama político Diciembre 2001 recria os últimos dias do governo do ex-presidente Fernando de la Rúa, revelando os bastidores das decisões e acontecimentos que levaram a Argentina a viver, no fim de 2001, sua maior crise econômica e social desde a retomada da democracia.
Em seis episódios, a série retrata aqueles dias em que o povo argentino teve seus depósitos bancários congelados pelos bancos (Corralito), se rebelou, sofreu repressão policial e viveu a excepcionalidade histórica de ter cinco presidentes da república em uma semana.
Pancho Villa: O Centauro do Norte
Prometendo adentrar o coração da Revolução Mexicana, com batalhas épicas, drama e nuances de um herói complexo, Pancho Villa procura contar a história do homem por trás do mito. (Infobae)
Dirigida por Rafael Lara e dividida em 10 episódios, a série acompanha a trajetória de Doroteo Arango (depois chamado Pancho Villa) desde seu início na criminalidade, ainda muito jovem, até sua morte numa emboscada, já como um dos maiores líderes populares da América Latina. Passando obrigatoriamente pelos desdobramentos da Revolução Mexicana e por seus personagens, desde a tomada de Ciudad Juárez até a derrota do ditador Porfirio Díaz.
SESC DIGITAL
7 Caixas
Considerado um fenômeno de bilheteria do cinema paraguaio, 7 Caixas (de Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori) mistura gêneros típicos do cinema comercial norte-americano, como o policial, o suspense e o road movie, e os subverte inserindo muito da cultura popular paraguaia na narrativa.
Na trama, Victor é um adolescente que trabalha como carregador em um mercado a céu aberto. Seu sonho é comprar um celular. Como ainda não tem o dinheiro, aceita carregar uma mercadoria misteriosa por alguns dólares. O que ele não sabe é que muita gente está de olho nas tais sete caixas. A partir daí, inicia-se uma perseguição com carrinhos de mão e muitas desventuras.
PRIME VIDEO
Huesera
Valeria (Natalia Solián) é uma mulher que está há algum tempo tentando engravidar. Mas quando a confirmação da gravidez finalmente acontece, ela passa a ser visitada por uma estranha presença. A partir de então, essa sinistra entidade coloca em risco as vidas da mãe e do bebê, obrigando a protagonista a revisitar seu passado.
“É um filme que fala da primeira gravidez de uma mulher, na qual uma entidade macabra começa a torturá-la e a questioná-la sobre seus desejos de ter uma vida doméstica”, comenta a diretora, Michelle Garza Cervera.
Celebrado pelo público e pela crítica especializada, Huesera se vale do horror corporal para esmiuçar o aterrorizante que pode ser trazer uma nova vida ao mundo e marca a estreia de Garza Cervera na direção de longas-metragens. O filme lidera a competição nos Prêmios Ariel 2023, maior premiação do cinema mexicano, com 17 indicações.
MUBI
Los Fuertes
Dirigido por Omar Zúñiga Hidalgo, Los Fuertes é um drama LGBTQIA+ sobre a paixão que nasce entre dois homens numa remota vila de pescadores no sul do Chile. Um deles está de passagem, visitando a irmã antes de emigrar para o Canadá. O outro é contramestre de um navio pesqueiro local. Para viver o relacionamento, ambos precisarão enfrentar suas realidades.
Aribada
Dirigido por Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar, Aribada é um curta-metragem que mistura cinema de ficção com documentário, ambientado na região cafeeira da Colômbia. Na trama, o monstro ressuscitado, Aribada, conhece Las Traviesas, um grupo de mulheres indígenas trans do povo Emberá. Encantado pela beleza e pelo poder de seus espíritos, Aribada decide unir-se ao grupo para criar sua própria comunidade transfuturista.
As obras de Simon(e) costumam se situar entre as videoinstalações e a performance, abordando a decolonialidade queer.
Playback
Em Córdoba, Argentina, o fim do regime militar promete uma primavera que não dura muito. Ali, numa cidade católica do interior, o Grupo Kalas fez dos playbacks e dos vestidos improvisados sua arma e sua trincheira. La Delpi é a única sobrevivente desse grupo de mulheres transgêneros e drag queens. No curta Playback, dirigido por Agustina Comedi, ela fala sobre como seus shows no porão libertaram a comunidade e ajudaram na luta contra a AIDS e a violência policial.
O Esqueleto da Sra Morales
O taxidermista Pablo Morales tem sido torturado psicologicamente há 20 anos por sua esposa, a malvada e puritana Gloria. Certo dia, ele diz aos amigos que Gloria foi visitar uma tia em Guadalajara. Mas em seu laboratório, Pablo guarda um esqueleto que trata como sua esposa.
Dirigido por Rogelio A. González e lançado em 1960, O Esqueleto da Sra Morales tornou-se um clássico do cinema cult de horror mexicano com sua história de crime, ódio e humor mórbido.
GLOBOPLAY
Vale dos Isolados
Vale dos Isolados: O Assassinato de Bruno e Dom é um documentário original Globoplay sobre os conflitos na terra indígena do Vale do Javari, na Amazônia. Ele é resultado de mais de 100 dias de filmagens e investigações jornalísticas na região onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram executados, vítimas de uma emboscada.
HBO
La Extorsión
Protagonizado por Guillermo Francella, o thriller La Extorsión conta a história de Alejandro, um experiente piloto aeronáutico que esconde um segredo: uma condição médica que colocaria fim a sua carreira. Assim que seu segredo é descoberto pelos serviços de inteligência, Alejandro passa a ser chantageado para que transporte pela rota Buenos Aires–Madrid, sem fazer perguntas, algumas malas misteriosas.
Poucas semanas depois de sua estreia no streaming, La Extorsión já era a produção original argentina mais vista da HBO na América Latina.
NOTÍCIAS
OS 10 MELHORES FILMES MEXICANOS DOS ÚLTIMOS ANOS
A revista Rolling Stone em espanhol publicou uma lista com os 10 melhores filmes realizados no México ou por mexicanos nos últimos cinco anos. Todos eles estão disponíveis no Brasil via plataformas de streaming; confira onde assistir:
Huesera (Disponível no Prime Video)
El Baile de Los 41 (Disponível no Telecine)
Las Tres Muertes de Marisela Escobedo (Disponível na Netflix)
La Caída (Disponível no Prime Video)
Ya no Estoy Aquí (Disponível na Netflix)
Una Película de Policías (Disponível na Netflix)
Esto no es Berlín (Disponível na Star+)
Bardo (Disponível na Netflix)
Roma (Disponível na Netflix)
Noche de Fuego (Disponível na Netflix)
NETFLIX ANUNCIA A PRODUÇÃO DE PEDRO PÁRAMO
A Netflix anunciou o início da produção da adaptação cinematográfica de “Pedro Páramo”, de Juan Rulfo, uma das obras mais importantes da literatura mexicana.
O filme marca a estreia como diretor do mexicano Rodrigo Prieto, um dos diretores de fotografia mais reconhecidos a nível mundial. Prieto já foi indicado ao Oscar de melhor cinematografia em três ocasiões: por “O Segredo de Brokeback Mountain” (2006), "Silêncio” (2017) e “O Irlândes” (2020). Também é o diretor de fotografia de “Amores Perros”, de Alejandro González Iñárritu, e de “Barbie”, de Greta Gerwig.
“Pedro Páramo me impactou profundamente desde a primeira vez que o li, e trazer o romance de Juan Rulfo para a tela será uma façanha em todos os aspectos. Estamos sempre em busca de nossas raízes, de quem somos, e isso é algo que me atrai muito na obra. Me identifico especialmente com Juan Preciado, que procura a si próprio e a sua pátria na busca pelo pai. Ele representa o povo mexicano, no sentido de que somos um povo mestiço, uma mistura de raízes e raças”, comentou Prieto.
Na história, Juan Preciado promete à mãe, em seu leito de morte, que irá a Comala em busca do pai, Pedro Páramo, um malvado lendário e assassino. Mas ao chegar lá, ele encontra uma aldeia fantasma, seca e vazia, onde apenas os mortos sobreviveram para narrar os horrores vividos.
Manuel Garcia-Rulfo (seu pai é primo distante do escritor Juan Rulfo) e Tenoch Huerta interpretam Pedro Páramo e Juan Preciado, respectivamente. No roteiro, o espanhol Mateo Gil. A estreia do filme está prevista para 2024.
MERCEDES MORÁN PROTAGONIZA SEU PRIMEIRO LONGA BRASILEIRO
Terminaram as filmagens do longa “A Procura de Martina”, uma coprodução Brasil/Uruguai estrelada pela argentina Mercedes Morán (“Aranha”, “Neruda”, “O Anjo”, “Vosso Reino”) .
Pela primeira vez atuando em um filme brasileiro, Morán interpreta Martina, uma viúva de 75 anos que teve sua única filha, grávida de três meses, sequestrada pela ditadura argentina.
Depois de muitos anos em busca de informações sobre o paradeiro da filha e do neto que nem chegou a conhecer, Martina recebe um telefonema inesperado dizendo que a criança está no Rio de Janeiro. Ela então parte de Buenos Aires rumo ao Brasil, numa corrida que é contra o tempo e o esquecimento: Martina está começando a apresentar sintomas de Alzheimer, é alguém que está esquecendo, mas antes de esquecer ela precisa contar ao neto quem ele é.
Como pano de fundo da trama, os casos de bebês de militantes políticos que foram sequestrados durante as ditaduras do continente e depois entregues a famílias da elite militar ou a seus apoiadores.
“A Procura de Martina” é dirigido por Marcia Faria, que também assina o roteiro ao lado de Gabriela Amaral Almeida (“O Animal Cordial”, “A Sombra do Pai”).
DOIS FILMES DA AMÉRICA CENTRAL PREMIADOS NO FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO FRANCISCO
O primeiro deles é o longa nicaraguense “La Hija de Todas las Rabias”, de Laura Baumeister, vencedor do Prêmio do Júri Cine Latino e considerado o primeiro longa de ficção dirigido por uma mulher na Nicarágua.
Na trama, a protagonista é Maria (Ara Alejandra Medal), uma menina de 11 anos que vive na comunidade de La Chureca, maior aterro sanitário de Manágua, capital do país. Para Maria, o lugar é como um parque de diversões onde ela inventa brincadeiras com as coisas que encontra. Um dia, por acidente, a menina intoxica a ninhada de cachorros de raça que a mãe, Lilibeth (Virginia Sevilla García), estava criando para vender no mercado clandestino.
Em apuros por já ter recebido parte do dinheiro dos cachorros, Lilibeth leva Maria a uma fábrica de reciclagem e deixa o aterro para tentar arrumar dinheiro numa Nicarágua extremamente violenta. Mas os dias passam e a mulher não volta para buscar a filha, que não consegue acreditar ter sido abandonada e se refugia na imaginação.
O segundo filme centro-americano premiado em São Sebastião é o costarriquenho "Direcciones", de María Luisa Santos e Carlo Nasisse, vencedor do prêmio de Melhor Curta Documental. Nele, os diretores procuram mostrar ao mundo como os costarriquenhos fazem para se localizar sem o sistema de ruas e números adotados pela maioria dos países, usando singulares (e muitas vezes insólitos) pontos de referência. Em Cinema Tropical.
VIVA CINEMATECA
Pouco mais de um ano após a reabertura da Cinemateca Brasileira, processo de reconstrução liderado pela organização social Sociedade Amigos da Cinemateca, a entidade lança o VIVA CINEMATECA, pacote de projetos e investimentos com foco na infraestrutura da instituição, na preservação de seu importante acervo e no trabalho de difusão da produção audiovisual brasileira.
Estão previstos nos projetos a modernização e ampliação da sede da Cinemateca na Vila Mariana, em São Paulo, a consolidação da excelência técnica das salas de exibição, recuperação, catalogação e digitalização do acervo fílmico e um programa de difusão que vai promover a circulação do acervo, contando com debates, mostras nacionais, exposições, ações educativas e uma grande programação cultural itinerante que vai passar por São Paulo e outras 12 cidades do Brasil.
A partir de agosto, a mostra itinerante, intitulada A Cinemateca é Brasileira, percorrerá o país com uma seleção de 19 filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo de seus mais de 120 anos de história.
Em outubro, uma exposição será aberta na sede da instituição. Maior acervo de filmes da América do Sul, a Cinemateca Brasileira contará a sua história e, consequentemente, a história do cinema brasileiro por meio de uma mostra que vai mesclar acervos documentais e recursos digitais. Além da exposição presencial, está prevista uma versão para o ambiente digital.
AMERICA FERRERA DIRIGE SEU PRIMEIRO FILME
De ascendência hondurenha, a atriz America Ferrera, coprotagonista de “Barbie”, estreará como diretora de longas-metragens com “No soy tu hija mexicana perfecta”, um filme sobre as expectativas e estereótipos de crescer em um lar mexicano-estadunidense.
Previsto para estrear em breve na Netflix e adaptado do livro homônimo de Erika L. Sánchez, o longa conta a história de Julia Reyes, uma adolescente filha de imigrantes mexicanos que contraria o desejo dos pais de que ela seja mais parecida com sua falecida irmã Olga, uma “filha mexicana perfeita”. Na Forbes
LOCARNO 2023
O documentário “Pantasma”, uma coprodução entre Nicarágua, Honduras e Costa Rica que utiliza técnicas de animação stop-motion, recebeu o prêmio principal do programa Portas Abertas do Festival de Locarno, que consiste num incentivo na etapa de desenvolvimento da produção no valor de 28 mil dólares.
Dirigido pela nicaraguense Gloria Carrión, o filme trata da história de um jovem de 17 anos que decidiu, em 1986, se unir às tropas sandinistas da Nicarágua revolucionária.
O longa dominicano “Tres Balas”, de Génesis Valenzuela, e “Desidia”, uma coprodução Chile e Bolívia dirigida por Leandro Grillo, também foram premiados com 22 mil e 5 mil dólares, respectivamente.
Conhecido como “o festival do cinema emergente”, Locarno, a cada nova edição, dedica o programa Portas Abertas especialmente a alguma região onde a indústria do cinema ainda não alcançou altos níveis de desenvolvimento. Neste ano, o foco do programa são os mercados da América Latina e Caribe. Em La Prensa